A missão publicamente assumida era entrar em campo nesta sexta-feira (7), contra a África do Sul em busca do resgate da identificação da seleção com o torcedor do país. No entanto, o Brasil já causou estranheza de cara, antes do apito inicial, ao abrir mão do amarelo tradicional para entrar todo de azul para o amistoso do Morumbi. Na partida, o time de Mano Menezes foi monótono e sofreu para derrotar por 1 a 0 a equipe nº 67 do ranking da Fifa. Com o roteiro conhecido de jogos em São Paulo, com vaias estridentes partindo das arquibancadas, o triunfo veio com um gol do substituto Hulk quase no fim do segundo tempo.
Atuação contestada
Com mais uma atuação contestada da equipe, o técnico da seleção parte sob pressão para o próximo compromisso. Após a vitória sobre os sul-africanos, a seleção de Mano Menezes volta a campo na segunda-feira, quando enfrenta a China em partida amistosa em Recife. O jogo acontece no estádio do Arruda, às 22h (de Brasília).
Aos 6min de jogo parte da torcida já entoava o nome do veterano são-paulino Luís Fabiano, depois que Leandro Damião, o camisa 9 da vez, tentou dominar uma bola de canela. As primeiras vaias vieram com 21min da etapa inicial.
(“Burro”)
O treinador brasileiro foi diretamente atacado pela torcida no segundo tempo, ouvindo um clássico bordão contra treinador (“burro”) quando tirou Lucas para colocar Jonas em campo. Em seguida, as arquibancadas entoaram “adeus, Mano”. Mas o gol de Hulk aos 29min acabou esfriando os protestos.
Com David Luiz como capitão, a seleção mostrou dificuldade para furar a retranca sul-africana na frente da área, e o quarteto ofensivo com Oscar, Lucas, Neymar e Damião se mostrava pouco eficaz coletivamente, apesar de alguns bons instantes individuais.
Atrás, escolhido para ser o titular do gol, Diego Alves entrou em sua terceira partida da seleção com a tarefa de começar a se firmar no time. E o atleta do Valencia logo teve que encarar uma definição de Gaxa quase na pequena área, salvando a meta brasileira em um chute rasteiro aos 11min.
Cinco minutos depois Khune fez grande defesa em cabeçada de Dedé na área, em lance de bolada parada. O goleiro sul-africano voltou a trabalhar bem em um disparo de Rômulo de fora da área.
A melhor chance brasileira no primeiro tempo veio com Neymar, aos 42min. O camisa 11 foi lançado nas costas da linha de zaga, mas mesmo de frente para o goleiro rival acabou desperdiçando a oportunidade, chutando em cima de Khune.
Quando a torcida já começava a exercer a ironia nas arquibancadas, com gritos de “olé” para troca de bola da África do Sul, o árbitro encerrou o 1º tempo. O time de Mano Menezes então foi descansar nos vestiários ao som de uma intensa vaia.
Segundo Tempo
O segundo tempo começou com o Brasil correndo risco em grande jogada de Parker na área. O sul-africano cortou David Luiz e bateu cruzado, mas Dedé esticou a perna e esvitou que a bola chegasse a Chabangu.
Neymar, Oscar e Lucas então conseguiram boas arrancadas entre a marcação sul-africana, mas em lances que acabaram sem perigo ao gol adversário. O santista ameaçou o gol de Khune aos 24min, em bela cobrança de falta da esquerda.
O gol brasileiro nasceu veio somente aos 29min. Depois de uma jogada de bola parada, a bola sobrou para David Luiz na esquerda. O zagueiro do Chelsea exigiu boa defesa do goleiro, mas no rebote Hulk bateu forte para inaugurar o placar.
Em vantagem, o time brasileiro marcou mais presença no ataque, tentou algumas investidas, mas nada que impedisse que uma sonora vaia fosse ouvida assim que o árbitro apitou o fim da partida.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 1 x 0 ÁFRICA DO SUL
Data: 07.09.2012 (sexta-feira)
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo
Público: 51.538 torcedores
Árbitro: Nestor Pitana (ARG)
Auxiliares: Diego Bonfa e Gustavo Rossi (ARG)
Cartões amarelos: Marcelo, Hulk e Dedé (BRA); Chabangu, Gaxa e Dkigacoi (AFS)
Gol: Hulk, aos 29min do segundo tempo
BRASIL
Diego Alves; Adriano, Dedé, David Luiz, Marcelo (Alex Sandro); Rômulo (Paulinho), Ramires, Oscar, Lucas (Jonas); Neymar (Arouca) e Leandro Damião (Hulk)
Técnico: Mano Menezes
ÁFRICA DO SUL
Khune; Khumalo, Sangweni, Gaxa, Masenamela; Dikgacoi, Furman (Mahlangu), Tshabalala, Serero; Ndlovu (McCarty/Parker) e Chabangu (Letsholonyane)
Técnico: Gordon Igesund
(Fonte: Leonardo Soares/UOL/ Bruno Freitas e Danilo Lavieri )
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