A plataforma, totalmente eletrônica, controlará o processo de origem da madeira, do carvão e de outros produtos e subprodutos florestais, além de rastrear desde a autorização de exploração até o transporte, armazenamento, industrialização e exportação dos produtos.
“O sistema representa um avanço fundamental para a gestão dos recursos florestais no país”, defendeu Sarney Filho. O ministro está em sua segunda gestão à frente do Meio Ambiente – assumiu a pasta em maio de 2016. De hoje a sexta-feira (12/05), quando o presidente Michel Temer completará o primeiro ano de governo, o Portal MMA publica série de matérias sobre as principais realizações da agenda ambiental.
Todos os estados da Federação devem estar utilizando o Sinaflor até o dia 1º de janeiro de 2018. Previsto no Artigo 35 da Lei 12.651/2012 (Código Florestal Brasileiro), o sistema contribuirá para conter o desmate nos biomas brasileiros e, ao mesmo tempo, desenvolver a economia relacionada aos produtos florestais no país.
A plataforma agiliza a certificação dos Planos de Manejo Florestal Sustentável e dá mais segurança à transferência de créditos de madeira ao sistema do Documento de Origem Florestal (DOF). Todas as informações serão integradas à base do Cadastro Ambiental Rural (CAR), para um acompanhamento real da dinâmica de desmate nos estados.
Segundo o coordenador geral de Flora e Floresta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), André Sócrates, o Sinaflor dará transparência ao processo para que os órgãos ambientais e de controle possam executar as políticas públicas com segurança. “Estamos fazendo a capacitação do sistema junto aos órgãos estaduais”, afirmou Sócrates.
Para o ministro do Meio Ambiente, a participação dos estados e dos demais setores, como o empresarial, é fundamental no processo. “O modo como o sistema foi elaborado e está sendo implementado vai ao encontro dos eixos da nossa gestão: parceria, qualidade técnica e transparência”, declarou.
Os dados referentes à documentação de origem florestal estarão disponíveis publicamente, dentro dos limites previstos pela legislação. “A orientação é que tudo aquilo que não for proibido seja disponibilizado para o controle social por parte da população”, explicou o ministro.
O estado de Roraima foi o primeiro a emitir licenças pelo Sinaflor. Para o presidente da Fundação do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) de Roraima, Rogério Martins, o sistema reduzirá a quantidade de processos físicos, tornando mais ágil a emissão de autorizações.
A Femarh/RR começou a operar o sistema em 30 de janeiro, cadastrando empreendimentos, consultores técnicos, projetos e análises conduzidas pelo órgão ambiental. Rondônia e Acre também já adotam o sistema. No Amapá, o sistema está em fase de implantação.
Os próximos estados a utilizar o Sinaflor serão Amazonas, Tocantins e Maranhão. Pará e Mato Grosso têm sistemas próprios que serão integrados ao Sinaflor. Aqueles que não integram a Amazônia Legal terão um processo de implementação mais ágil, que será realizado a partir do segundo semestre deste ano.
Desenvolvido pelo Ibama, o Sinaflor garante a informatização em toda a gestão florestal. “Desde o plano de manejo até o produto final, haverá uma marcação eletrônica de tudo o que aconteceu”, explica a presidente do Ibama, Suely Araújo. “Isso vai trazer segurança e reduzir o número de fraudes”.
Ao longo do ano, o Ibama conduzirá capacitações com equipes dos órgãos estaduais de meio ambiente. Até o momento, já foram firmados 23 acordos de cooperação. Roraima foi o primeiro. Maranhão já tem o sistema implantado e, em breve, deverá entrar em funcionamento. Rondônia, Acre, Amapá e Amazonas serão os próximos a receber as capacitações. Pará, Tocantins e Mato Grosso têm mecanismo próprio que deverá ser integrado ao sistema nacional. Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste serão, nesta ordem, as próximas regiões a passar pelo processo.
A sociedade civil considerou o lançamento do Sinaflor uma medida positiva para a agenda ambiental no país. “A habilidade de integrar ferramentas é fundamental, e o Sinaflor é mais do que isso, é uma ruptura e uma sinalização extremamente importante”, analisou Marcelo Furtado, da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, um movimento formado por 150 entidades do setor privado, da sociedade civil e da academia.
O Sinaflor integra o controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos ou subprodutos florestais, sob coordenação, fiscalização e regulamentação do Ibama. Esse controle incluirá um sistema nacional que integrará os dados dos diferentes entes federativos, coordenado, fiscalizado e regulamentado pelo órgão federal competente, o Ibama.
A análise das solicitações feitas pelos usuários ganha agilidade na medida em que os dados ficam disponíveis para o Ibama e as secretaria de estado de Meio Ambiente em tempo real. O sistema também oferece mais segurança à transferência de crédito de produtos florestais para o sistema do Documento de Origem Florestal (DOF). (Fonte: MMA)
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