Os olhos brilham ao passar por uma cortina e encontrar um aparato todo preparado com muita água, uma mini cidade e um sistema de som especialmente pensado para transportar os visitantes para o ambiente de um tsunami
A idéia de explicar a tragédia está exposta na 3ª Feira Científica e Cultural de Itatiba foi desenvolvida por alunos do ensino fundamental da Emeb 'Cel. Manoel Joaquim de Araújo Campos', acompanhados pelos professores e por um pai que abraçou a idéia.
A união de escola e família rendeu um modo divertido e envolvente de ensinar. Durante a simulação, os próprios alunos explicam aos colegas visitantes o princípio da catástrofe e as suas possíveis conseqüências. “É muito interessante, pois os alunos se envolveram para criar o estande e colocaram na prática o conteúdo pedagógico trabalhado em sala de aula. O lúdico é uma das melhores maneiras de aprender e ensinar”, disse Shirley de Cássia Belgini, coordenadora pedagógica da Emeb 'Araújo Campos'.
A Feira Científica e Cultural segue ao longo desta semana, de 17 a 22 de outubro, e estará aberta à população no sábado, dia 22 de outubro. Cerca de 10 mil alunos da rede pública e privada devem visitar a Feira até a sexta-feira, dia 21 de outubro.
O projeto do tsunami foi pensado por um pai de alunos. Ronaldo de Oliveira, de 42 anos, mora no Bairro Cruzeiro, e, projetando o tsunami, ajudou as filhas e os colegas a criarem um laboratório de parte das lições que aprenderam na escola. “Quando chegaram em casa com o tema, pesquisei e pensei em criar algo dessa forma. Em parceria com a escola e com empresas da cidade pudemos dar vida ao aprendizado e fico feliz por isso”, diz o pai que utiliza a bomba da piscina da casa como propulsora do tsunami no esquema exposto pela escola.
Tsunami, terremotos e outras catástrofes ambientais estão expostas cientificamente ao longo dos 55 estandes que compõem a Feira Científica e Cultural Itatibense deste ano. Com o tema 'Ciência, Sociedade e Tecnologia: das Catástrofes Ambientais à Química da Vida', a exposição traz, além da exposição estudantil, shows e simuladores de grandes proporções em três pavilhões de muita diversão e conhecimento.
Convite à conscientização
Além de apresentações das maiores catástrofes da Terra, os estudantes Itatibenses fazem também um convite à conscientização. Em um quadro interativo, os visitantes da Feira são convidados a participar de um jogo de adivinhação sobre os materiais descartados na natureza e o tempo que levam para ser absorvidos pelo meio ambiente.
Garrafas plásticas, metais, pilhas e outros materiais possuem pontos de condução elétrica em suas laterais, assim como etiquetas com intervalo de tempo. Ao conectar o ponto do material à resposta correta, por meio de duas canetas, o estudante confere a resposta certa com uma lâmpada que acende no topo do quadro. Por exemplo, vidros permanecem na natureza, quando descartadas incorretamente, cerca de 1 milhão de anos. Quando o visitante coloca a caneta condutora no ponto próximo ao vidro colado no painel e a outra caneta condutora na resposta de 1 milhão de anos, o circuito fecha, acendendo a luz e confirmando que se trata da resposta correta.
“Acho muito legal esse jogo que construímos junto com a professora porque faz as pessoas pensarem sobre o tantão de tempo que prejudicamos a natureza descartando, por exemplo, uma garrafa plástica”, disse a aluna Pietra Lopes de Souza, de 10 anos. Pietra mora no bairro Vila Real.
A praticidade é personagem constante da criação dos alunos. Um dos exemplos é uma maquete de terremoto feito com base em um massageador elétrico pelos alunos da Emeb 'Profª Vera Lucia Carride de Palma'. (Fonte: ACPMI)
Fotos:
Alunos assistem à simulação de tsunami preparada por estudantes da Emeb 'Araújo Campos'
A Feira de Ciência traz até jogo de perguntas e respostas sobre a preservação ambiental
Na hora de simular um terremoto, vale até um massageador elétrico antigo colocado sob a maquete da Emeb 'Profª Vera Lucia'
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