Além dos 12 alunos de EJA (Educação para Jovens e Adultos) da 1ª série da Emeb 'Inês Prado Zamboni', no San Francisco, e dos 10 alunos do programa Frente de Trabalho que têm aulas de alfabetização no Centro de Capacitação Solidária do Fundo Social de Solidariedade, mais 15 novos estudantes receberam o aparelho celular e foram integrados ao Palma. A nova turma faz parte da 1ª série da Emeb 'Inês Prado Zamboni'.
“Meu sonho é aprender logo e tenho certeza de que esse novo programa vai me ajudar bastante. Estou empolgado e vou usar muito o celular”, afirmou o aluno Adélio Moreira de Souza, 54 anos, morador do San Francisco.
“O matemático José Luis Poli (Prof. Poli esta a frente do projeto) escolheu Itatiba por ser sua cidade natal e por acreditar nos nossos cidadãos. Estar nesse programa é motivo de orgulho e estímulo para todos nós...”, afirmou o Prefeito Fattori.
Palma – como funciona
O objetivo inicial do programa é desenvolver competências básicas de leitura e escrita por meio digital. Para isso, jovens e adultos em estágio inicial de alfabetização receberam gratuitamente um telefone celular tipo smartphone por meio do qual acessam diariamente o programa. Lições sonorizadas desenvolvidas a partir do método fônico complementam a alfabetização em cinco níveis: alfabeto, sílabas simples, sílabas complexas, vocabulário e interpretação de texto.
Os aparelhos utilizados pelos participantes são cedidos pela empresa Nokia e para viabilizar o acesso ao conteúdo, a operadora Vivo ofereceu a conexão gratuita de dados e SMS, e a consultoria para o desenvolvimento do aplicativo. Desse modo, são parceiras do programa as empresas Nokia, IES2 (Inovação, Educação e Soluções Tecnológicas )e a Fundação Telefônica Vivo.
Avaliação digital
Com o Palma, o desempenho dos alunos é medido ao final de cada atividade, através de um sistema de monitoramento instantâneo, via mensagem SMS. Após o envio das mensagens, o sistema aufere o desempenho da classe e com isto a professora tem o mapa individualizado da aprendizagem do aluno. Os mesmos dados também são acessados pelo Diretor da escola e pelo Secretário Municipal da Educação.
A duração do Palma é de dois anos, seguindo o mesmo tempo de duração dos cursos da EJA e compreende três áreas de abrangência: Português, Matemática e Ciências. Em 2011, o programa foi testado com 160 alunos da rede pública de ensino de Itatiba e outras cidades com resultados positivos e se configura como uma solução viável para acelerar a queda do índice de analfabetismo no país.
A ideia inicial partiu da constatação de que a maioria das pessoas tem familiaridade com os celulares, inclusive jovens e adultos analfabetos. O passo seguinte foi criar um programa que permitisse a alfabetização pela combinação de sons, letras, números e imagens para aparelhos celulares.
“Abracei esta causa após conhecer mais sobre a realidade desses trabalhadores, que não conseguem progredir por não saberem ler, ao menos, um contrato de trabalho. O Palma tem condições de ampliar a oferta de alfabetização para todas as regiões do país”, diz o professor Poli, idealizador do programa. (Fonte: ACPMI)
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