O conflito ocorreu no momento em que os ativistas estavam no início da rua da Consolação e queriam prosseguir com o ato sentido avenida Paulista. A PM tentava impedi-los.
As lideranças do movimento e os comandantes da PM tentavam chegar a um acordo quando o conflito teve início. A PM usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os ativistas, que responderam atirando objetos. A partir de então, o protesto se dispersou por várias ruas, com os policiais perseguindo os manifestantes. Cerca de 5.000 pessoas participam do ato, segundo a PM.
O ato começou por volta de 18h do Theatro Municipal e passou pela praça da República, antes de chegar na rua da Consolação. O confronto começou quando policiais e representantes do Movimento Passe Livre tentavam negociar como desenrolar do protesto. Enquanto a PM determinava que o protesto terminasse na praça Roosevelt, os ativistas queriam seguir até a avenida Paulista.
Depois da dispersão do protesto, grupos menores começaram a atear fogo em lixo pelas ruas, a exemplo do que foi feito após a repressão dos outros atos. Dispersos, os grupos prosseguiram por ruas dos bairros de Cerqueira César e Consolação para tentar chegar até a avenida Paulista. Enquanto isso, policiais do Choque os reprimiam para tentar impedi-los de seguir. A avenida Paulista foi bloqueada nos dois sentidos pela PM e CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Tanques da Tropa de Choque e um número elevado de PMs impedem o acesso à avenida.
Presos
Mais de 60 pessoas foram presas, entre elas o jornalista Piero Locatelli, repórter de política da revista "Carta Capital", que foi preso por estar com vinagre. Por volta de 19h15, a direção da revista informou, via Twitter, que ele havia sido solto. Cerca de 40 manifestantes foram presos antes do início do ato. Além deles, ao menos outros 20 foram detidos pela PM depois do confronto. A Secretaria de Segurança Pública do Estado e a PM não confirmam o número de presos.
A reportagem presenciou também a detenção de aproximadamente 50 manifestantes, que conseguiram fugir em um momento de desatenção a PM.
Segundo o capitão da PM Elço Moreira, os detidos antes do início do ato foram apreendidos com coquetéis molotov, facas, maconha e material incendiário, além de vinagre. Eles foram encaminhados para a 78ª DP (Jardins).
Antes do início do ato, a reportagem presenciou o confronto entre policiais e manifestantes na esquina da rua Líbero Badaró e o viaduto do Chá, no centro. Jovens chegaram a jogar cones de sinalização contra os PMs.
Pessoas que passaram pelas proximidades do Theatro Municipal, no centro, tiveram as bolsas e mochilas revistadas por policiais militares. O local era o ponto de concentração do protesto.
Farmácias, lojas de calçados e de roupas próximas à praça Ramos de Azevedo fecharam as portas mais cedo, os comerciantes temiam ter estabelecimentos danificados durante o protesto.
Trânsito
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) recomenda aos motoristas que evitem a região central em razão do protesto contra o aumento da tarifa. Manifestantes bloqueiam toda a rua Xavier de Toledo. O Shopping Light, que fica nas proximidades, fechou todas as suas entradas por volta das 18h para impedir uma possível depredação.
Às 19h, a CET registrava 177 km de vias congestionadas. A média histórica para o horário é de 110 a 170 km de lentidão. A situação era pior nas zonas sul, com 60 km de vias congestionadas, e na zona oeste (38 km). (Fonte: UOL)
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