O Réveillon de Copacabana ganhou proporção de evento mundial. Mas nem sempre foi assim.
O gigantesco espetáculo, famoso no mundo inteiro, tem origem no meio do século passado numa festa bem mais simples, com pouca gente, ao som de atabaques.
“A praia era cheia desse ritual e foi daí que nasceu a ideia do Réveillon, todos inclusive de branco para saudar Iemanjá, saudar a praia”, conta o babalaô Ivanir dos Santos.
Levar flores ao mar como oferendas antes da meia-noite foi outro ritual que também deixou os terreiros para ganhar uma legião de seguidores de todas as religiões. Vale tudo para espantar o mau olhado e abrir os caminhos do novo ano que está chegando.
De festa mística para o maior Réveillon a céu aberto do planeta. Copacabana foi se transformando ao longo dos anos num imenso laboratório de fogos de todos os tipos, para todos os gostos.
A primeira vez que isso aconteceu foi em 1976. Por anos, as tradicionais cascatas, como a do antigo hotel Meridien, foram o símbolo do Réveillon do Rio.
Foram os hotéis da orla que patrocinaram os primeiros foguetórios. A ideia deu tão certo, que a prefeitura transformou a virada em festa oficial da cidade.
Por segurança, os fogos que até a virada do século eram disparados da areia, hoje estão em balsas. Só faltava resolver um problema: como evitar que tanta gente saísse ao mesmo tempo da praia depois do foguetório? A solução foi música de qualidade.
Jorge Ben foi o primeiro artista a se apresentar no Réveillon do Rio em 1993. De lá pra cá, grandes nomes da música saudaram o Ano Novo nos palcos de Copacabana.
Para quem já mora no bairro, e vem acompanhando todos os shows da janela do apartamento à beira mar, o Réveillon é uma festa em constante transformação.
“Quando eu era pequenininha, não tinha esses fogos de artifício sofitsticados. Não tinha show. Era uma festa mais para as baianas mesmo, para as pessoas oferecerem os presentes pra Iemanjá. Agora é outra tecnologia”, comenta a socialite, Narciza Tamborideguy.
Neste ano, é a vez de os Titãs estrearem no Réveillon de Copacabana. Apesar dos 32 anos de experiência tocando juntos. A emoção desta quarta à noite promete ser muito especial. (Fonte: G1)
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