O mercado é bastante curioso mesmo. Se no Brasil as opções de investimento não são tão grandes, principalmente quando comparadas com outros grandes mercados pelo mundo, nos Estados Unidos é possível investir em praticamente qualquer coisa. E um ETF tem chamado atenção do co-fundador da StockTwits - uma rede social para traders e investidores -, Howard Lindzon.
É o Global X Uranium ETF, que já subiu 55% desde a eleição de Donald Trump e que Lindzon investiu recentemente. O ativo é baseado no urânio - metal fundamental para a criação da bomba atômica - e que vem subindo forte com os comentários do presidente sobre uma corrida nuclear, dando uma arrancada nos últimos dois meses. Mas este mercado vai muito além de uma possível guerra - fato que rendeu um apelido para o ETF: fundo do fim do mundo.
Desde o desastre de Fukushima, no Japão, em março de 2011, a indústria de urânio experimentou cerca de seis anos de puro caos. Isto ocorreu, parcialmente, devido a uma diminuição na demanda dos reatores japoneses. O país tinha cinqüenta e quatro reatores operando antes de Fukushima, sendo que apenas cinco estão ativos hoje. Além disso, o próprio futuro da energia nuclear foi colocado em xeque em países como Alemanha e EUA, deixando o mercado pessimista.
E é por conta deste cenário que toda essa alta recente pode acabar em breve. Analistas acreditam que o ETF pode passar por uma forte correção, apontando que parte deste rali está relacionado ao cenário desenhado pela imprensa. Recentemente, a CNBC afirmou que os preços do urânio estão disparando graças a cortes de produção e um renascimento da energia nuclear. Mas este cenário tão positivo pode não ser tão sustentável e o investidor precisa se preparar para a correção.(Fonte: Rodrigo Tolotti Umpieres/InfoMoney)
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