Marco Aurélio (relator)
O ministro Marco Aurélio, que é relator das ADCs que vão começar a ser julgadas nesta semana, sempre votou contra a prisão em segunda instância. Apesar do entendimento atual do STF ser favorável a prisões antecipadas, Marco Aurélio continua a conceder habeas corpus a presos provisórios. No final do ano passado, ele chegou a conceder uma liminar no âmbito das ADCs para liberar todos os presos em segunda instância do país, mas a decisão foi revertida pelo presidente do STF, Dias Toffoli.
Alexandre de Moraes
Alexandre de Moraes só chegou ao STF em 2017, depois da morte do ministro Teori Zavascki. Quando analisou casos sobre prisão após condenação em segunda instância na Primeira Turma, votou a favor da possibilidade de prisão. No julgamento em plenário do HC de Lula, em 2018, ele também votou a favor da prisão em segunda instância.
Edson Fachin
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, sempre votou a favor da prisão em segunda instância. Ele votou assim nos julgamentos de 2016 e no julgamento do HC de Lula, em 2018.
Luís Roberto Barroso
Também sempre votou a favor da prisão após condenação em segunda instância. Esse tem sido seu entendimento desde 2016.
Rosa Weber
Só votou a favor da prisão em segunda instância uma vez, e mesmo assim deixou claro que estava votando contra sua convicção. Em 2016, a ministra votou contra a prisão em segunda instância nos julgamentos no STF. Em 2018, porém, a ministra votou a favor da prisão antecipada ao analisar o HC de Lula no plenário.
Ela ressaltou, porém, que estava votando dessa forma para respeitar o entendimento firmado no STF em 2016, mas se o caso voltasse a ser discutido de forma abstrata, votaria contra a prisão em segunda instância.
Luiz Fux
O ministro ajudou a formar maioria a favor da prisão após condenação em segunda instância em todos os julgamentos do STF sobre o caso desde 2016. Em 2009, ele não integrava a Corte.
Cármen Lúcia
Desde o julgamento de 2009, a ministra vota a favor da prisão após condenação em segunda instância.
Ricardo Lewandowski
Votou contra a prisão em segunda instância em 2009, em todos os julgamentos sobre o tema em 2016 e em 2018, ao analisar o HC de Lula
Gilmar Mendes
O ministro já votou de formas diferentes sobre o mesmo tema. Em 2009, quando o STF decidiu que era necessário esperar o trânsito em julgado para prender, Gilmar votou favorável a esse entendimento. Em 2016, ele mudou de ideia ao julgar um HC no plenário e votou a favor da prisão após condenação em segunda instância. Ele manteve o entendimento a favor da prisão antecipada em outros dois julgamentos naquele ano. Mas em 2018, ao analisar o HC de Lula, Gilmar Mendes votou contra a prisão em segunda instância.
Celso de Mello
Ministro mais antigo da Corte, ele votou contra a prisão em segunda instância em todos os julgamentos sobre o tema, desde 2009.
Dias Toffoli
Ele não integrava o STF em 2009. Em 2016, ao julgar um HC no plenário, Toffoli votou a favor da prisão em segunda instância. No mesmo ano, oito meses depois, o ministro votou contra a execução provisória da pena quando o STF decidia se concedia ou não liminares nas ADCs 43 e 44 – que serão julgadas nesta semana. Ele sugeriu, no julgamento, que a prisão deveria ocorrer depois da confirmação da condenação no STJ. No recurso extraordinário que foi julgado também em 2016, Toffoli também votou contra a execução provisória da pena. Em 2018, ao julgar o HC de Lula, o ministro manteve o posicionamento contrário à prisão em segunda instância.
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