Ontem, foram achados os corpos de um tripulante peruano e de dois turistas franceses, totalizando cinco mortos até o momento. Segundo a imprensa internacional, ainda há 17 desaparecidos, sendo 11 passageiros e seis tripulantes.
As duas vítimas foram encontradas por mergulhadores da Guarda Litorânea na parte traseira do navio, que encalhou nas águas do mar Mediterrâneo. Eles estavam na cabine quando o navio bateu numa rocha.
Ao todo, 4.229 pessoas viajavam no navio, que levava 3.209 passageiros de 62 países, a maioria italianos, franceses e alemães.
RESGATADOS
Neste domingo (15), três sobreviventes foram resgatados de dentro da embarcação: um casal sul-coreano e o comissário-chefe do cruzeiro. Dois japoneses que desceram no último porto onde o Costa Concordia havia parado, em Santo Stefano, foram de ônibus com mais outros dois amigos, também do Japão, para Roma. Eles eram considerados desaparecidos, mas foram localizados em Roma.
Essa confusão com os japoneses pode explicar, em parte, a dificuldade da contagem do número de desaparecidos. A possibilidade que os passageiros têm de descer em portos diversos ao longo do percurso do cruzeiro --somada ao fato de que os passaportes podem estar perdidos dentro do navio-- impossibilita que as autoridades e companhia afirmem corretamente quantas pessoas continuam desaparecidas.
O Concordia fazia uma rota com duração de sete dias pelo mar Mediterrâneo, com escalas nas cidades de Savona (Itália), Marselha (França), Barcelona (Espanha), Palma de Mallorca (Espanha) e nas italianas Cagliari, Palermo e Civitavecchia.
O arquipélago onde está situada a Ilha de Giglio fica a cerca de 80 km de distância de Roma. Segundo relatos da imprensa europeia, após o encalhe da embarcação pequenas barcos tentaram a ajudar no resgate dos passageiros e tripulantes.
De acordo com o site do Costa Concordia, a embarcação "é o maior e mais imponente navio de toda a frota Costa com 112 mil toneladas, mais de 500 varandas privativas nas 1.500 cabines".
COMANDANTE(Foto)
O comandante Francesco Schettino foi detido ontem em Grosseto na Itáia. Ele é acusado de homicídio culposo (quando não há intenção) múltiplo, de ter provocado um naufrágio e de ter abandonado o navio quando ainda havia várias pessoas a serem salvas.
O procurador da região de Grosseto, Francesco Verusio, que investiga o caso, alega que o capitão realizou uma manobra "malfeita" ao se aproximar excessivamente da ilha. Teria ainda falhado em lançar um alerta de socorro.
COMO FOI
Segundo versões iniciais, o navio atingiu uma rocha por volta das 21h30 locais e começou a encher de água. O capitão tentou se aproximar da ilha, mas então o navio começou a virar.
Uma hipótese é que, devido a uma falha técnica, o navio tenha perdido os instrumentos de navegação, se desviado da rota e então colidido com a rocha.
A empresa Costa Cruzeiros disse que prestou socorro imediato. Porém, relatos dos passageiros contradizem essa informação.
Eles contam que jantavam quando ouviram um estrondo, mas foram orientados a continuarem sentados.
O comandante teria informado inicialmente que o navio havia tido problemas elétricos. Mas os turistas desconfiaram quando a embarcação começou a se inclinar, e os objetos, a cair das mesas.
Começou uma correria pelos salva-vidas, com pessoas tropeçando umas nas outras e caindo pelas escadas.
A rápida inclinação do navio acabou dificultando a saída dos botes, fazendo com que muitos simplesmente pulassem nas águas geladas.
Segundo os passageiros, um treinamento para situações de emergência não havia sido realizado e estava previsto para ontem. (Fonte: Folha.com)
Foto:O comandante do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, foi detido em Grosseto, na Itália
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