A estréia será às 20h, no Teatro Ralino Zambotto. Haverá ainda uma segunda apresentação na sexta-feira, dia 29 de junho, no mesmo horário e local. Já estão disponíveis no Museu 'Padre Lima' os convites para as duas apresentações do espetáculo ‘La Bohème – a Ópera Contada e Cantada’.
Convites
Os convites são gratuitos. Os espectadores podem aproveitar e ajudar as entidades assistenciais da cidade doando um produto não perecível (alimento, higiene ou limpeza) no momento da retirada. O Fundo Social de Solidariedade de Itatiba, que encaminhará os donativos às entidades assistenciais da cidade, solicita que seja observado o prazo de validade dos produtos doados. Solicita-se também que o público esteja atento ao horário e a classificação do espetáculo.
Inspiração
Tendo como inspiração a novela ‘Scènes de la Vie de Bohème’, de Henri Murger, ‘La Bohème’, a ópera composta por Giacomo Puccini (1858-1924) é a base para o espetáculo de 2012 da Companhia de Ópera Curta, que integra o programa Ópera Curta da Secretaria Estadual de Cultura. O Ópera Curta promove a circulação de peças de teatro musical, baseados em óperas famosas, nas cidades do Estado de São Paulo, em cooperação com as Prefeituras Municipais. “Trata-se de um espetáculo que agrada tanto o fã de óperas como aqueles curiosos que querem ter um primeiro contato”, disse o Secretário de Cultura e Turismo, Luis Soares de Camargo.
La Bohème
“La Bohème – a Ópera Contada e Cantada’ é o título do espetáculo deste ano”, pontua Rosana Caramaschi, diretora artística de produção da Companhia, “que circulará ao lado de Carmen e La Traviata, produções de anos anteriores que também continuam sendo apresentadas”. A ópera de Giacomo Puccini é uma criação de transição entre o período romântico e o realismo no gênero. Puccini criou um espetáculo que narra a história de artistas e pessoas comuns que conviviam em estado de penúria, na Paris do final do século XIX. La Bohème apresenta os amigos Rodolfo (poeta), Marcelo (pintor), Schaunard, Colline e os amores dos dois primeiros, Mimi e Musetta, respectivamente. As relações afetivas são de permanente conflito, motivadas pelo ciúme e pelas inseguranças do grupo, pela pobreza a que estão reduzidos. Mimi morre ao final da ópera, vitima de uma doença avançada pelo abandono, desamparo e falta de recursos. É inverno em Paris.
“Na nossa versão de La Bohème – comenta Cleber Papa, diretor, cenógrafo e autor dos textos do espetáculo – buscamos acentuar os aspectos musicais e dramatúrgicos da ópera sem perder a essência da obra e, com as referências da novela de Murger, introduzir e comentar a natureza dos personagens, a profundidade de suas relações. Preferimos desenhar Rodolfo como um jovem instável, emocionalmente perturbado, inseguro, incapaz de qualquer generosidade afetiva com Mimi e Marcelo, apesar dos pequenos resultados financeiros de sua pintura e de ser mais maduro que Rodolfo, não conseguiu estabelecer uma relação continuada com Musetta. Esta é uma jovem cujos que, apesar de apaixonada por Rodolfo, prefere buscar a companhia de homens mais velhos que possam lhe garantir boas roupas e comida em troca de favores sexuais ou simples companhia. Musetta não é claramente definida como uma cortesã ou prostituta como Violetta Valéry (La Traviata), mas vive no limite do comportamento socialmente aceitável de uma jovem frívola e volúvel. As relações dos dois casais são tumultuadas, de brigas constantes e são fator determinante do resultado fatal. O personagem Benoit (pequeno na ópera) ganha nova dimensão nesta versão, passando a ser o elo que une aquele grupo à cidade de Paris. Há certa atemporalidade no espetáculo realçada pelos cenários e figurinos, muito embora o tempo acabe demonstrado sua forma motivadora”.
Ópera Curta
Ópera Curta é um tipo de espetáculo de teatro musical criado por Cleber Papa e Rosana Caramaschi, sob a direção musical do maestro Luís Gustavo Petri, baseado em óperas famosas, na literatura que lhes deu origem, no contexto histórico e sua relação com o pensamento contemporâneo. A Ópera Curta possui uma dramaturgia própria que inclui de partes consideradas imprescindíveis das óperas convencionais à criação de novos personagens que possam contar a história base do espetáculo original.
A motivação original dos criadores foi a perspectiva de criar espetáculos de teatro que auxiliassem a compreensão do que é ópera, difundissem o conhecimento dos principais títulos e despertassem o interesse para o gênero. Como estratégia, os espetáculos precisariam ter padrões de excelência e flexibilidade na implantação em cada cidade, de forma a atingir espaços teatrais diferentes.
Os espetáculos são produzidos com a participação de cantores, bailarinos, atores e músicos com ampla experiência profissional, utilizando recursos de cenografia, figurinos, projeção de legendas (subtítulos com a tradução para o português quando se trata de língua estrangeira) e efeitos especiais.
Musicalmente, são criadas transposições das composições originais para formações de câmara, seja para trios, quartetos ou quintetos de cordas, por exemplo. Desta forma assegura-se um projeto original, de qualidade musical e cênica.
Os espetáculos são reunidos sob uma série denominada ‘A Ópera Contada e Cantada’ e levam este subtítulo, inclusive como uma forma de garantir ao público a informação correta de que está se assistindo a um espetáculo original, baseado em uma ópera e que possui um tratamento artístico próprio.
“
Em La Bohème – a Ópera Contada e Cantada, fizemos uma transposição da música para um conjunto de câmara composto de piano, violino, violoncelo e flauta – afirma o maestro Luis Gustavo Petri, diretor musical do espetáculo. Desta maneira, preservamos a música original de Puccini para orquestra de grande porte, ‘traduzindo-a’ para uma formação de quatro músicos. As principais árias e duetos da ópera estão mantidos no espetáculo, permitindo uma compreensão bastante precisa por parte do público leigo e oferecendo um resultado de alto padrão para aqueles que já conhecem o gênero e até a própria ópera”.
Serviço:
La Bohème – A Ópera Contada e Cantada
Quinta-feira, 28 de junho, às 20h
Sexta-feira, 29 de junho, às 20h
Local: Teatro Ralino Zambotto – Rua Romeu Augusto Rela , 1100 – Bairro do Engenho
Convites: Distribuídos gratuitamente no Museu Municipal 'Padre Lima' (Praça da Bandeira, 122, Centro,
fone:(11) 4524-1264)
Duração: 1h20
Classificação: 14 anos
(Fonte: ACPMI)
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