Nesta semana, aconteceu um trabalho de orientação sobre quando e como pode ser utilizado este serviço. O trabalho envolve funcionários, resgatistas, Departamento Municipal de Bombeiros e a população.
UPA
Um material didático está sendo distribuído à população, com orientações sobre o que é a UPA e como ela funcionará. A UPA atenderá a população nos casos de emergência 24h por dia, sete dias por semana. A unidade é uma estrutura de complexidade intermediária, ou seja, ela se encaixa entre os postos de saúde e as portas de urgências hospitalares. O objetivo da UPA é diminuir as filas nos prontos socorros dos hospitais evitando que casos de urgências e emergências de baixa complexidade que podem ser resolvidos na UPA e os casos ambulatoriais que podem ser resolvidos nas Unidades Básicas de Saúde sejam encaminhados para os hospitais.
A UPA está capacitada a resolver grande parte das urgências e emergências de baixa complexidade, como pressão e febre altas, cortes, infarto e derrame (AVC). Assim como outras UPAs, ela inova ao oferecer estrutura simplificada - com Raio X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames de urgência e leitos de observação. Nas localidades que contam com as UPAs, 97% dos casos são solucionados na própria unidade. Quando o paciente chega às unidades, os médicos (clínicos e pediatras) prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação por 24h. “Dessa forma os PAs dos hospitais podem se concentrar nas emergências mais complexas. Isso dá a rede de saúde uma melhor organização e quem ganha é o paciente”, disse o Secretário de Saúde em exercício, Dr. Antônio Fernando Ubinha.
Urgência e emergência
É importante que a população entenda a diferença entre urgências e emergências, pois a classificação de risco definirá a prioridade de atendimento.
Emergências são casos onde o paciente tem risco imediato de morte, perda de órgão ou da função do órgão. Por exemplo: afogamentos, arritmia cardíaca, choque, crise convulsiva, infarto agudo do miocárdio, intoxicações, sepse (infecção geral grave) e parada cardiorrespiratória, entre outros. Estes casos serão atendidos imediatamente pela equipe médica e de enfermagem na Sala de Emergência. Esses pacientes geralmente chegam em ambulâncias pela entrada de emergência.
Urgências são casos que não têm os riscos das emergências, mas que necessitam de procedimentos médicos precoces. As urgências serão atendidas nos consultórios, salas de procedimentos e sala de emergência. Aqui se encaixam casos de corpo estranho em via aérea superior, crise hipertensiva, dor severa aguda de qualquer origem, pós-convulsivo, temperatura entre 39ºC e 40ºC e vômito e/ou diarréia persistente, entre outros. “Os serviços de resgate, como os bombeiros, já estão sendo orientados, mas quando a pessoa se dirigir por conta própria pode ser vital saber para onde ir”, lembra o Dr. Ariovaldo Hauck da Silva.
Classificação de risco
Os enfermeiros realizam a Classificação de Riscos, seguindo os princípios do Humanizasus.
O objetivo é proporcionar agilidade no atendimento e maior qualidade nos serviços prestados. O paciente passa por uma análise que verifica seus sinais vitais, medicamentos que estão sendo usados, sintomas atuais, alergias e histórico de saúde. Esta pré-consulta com o embasamento nas informações obtidas, no histórico clínico e nos exames preliminares prioriza os casos mais graves e direciona o paciente para o atendimento.
Os pacientes classificados como
Prioridade 0 (vermelho) necessitam de atendimento imediato e não serão submetidos à classificação de risco. Eles são encaminhados diretamente para a Sala Vermelha. São os casos de emergência.
Os pacientes classificados como
Prioridade I (amarelo) são casos de urgência. Eles não correm risco imediato de morte, porém apresentam risco potencial de agravamento ou morte. Necessitam de atendimento médico prioritário e são encaminhados diretamente à sala de consulta e enfermagem para classificação de risco e posteriormente atendimento médico em cadeira, em local pré-determinados. Estes casos serão reavaliados a cada 15 minutos.
Os pacientes classificados como
Prioridade II (verde) são casos de menor urgência. Não apresentam risco iminente ou risco potencial de morte. Também aguardarão atendimento em cadeira, mas o tempo de espera será maior e os pacientes mais graves serão atendidos antes. O mesmo acontece com situações especiais como idade superior a 60 anos, gestantes, pacientes escoltados, deficientes físicos e impossibilitados de andar, retorno com tempo inferior a 24 horas e pacientes psiquiátricos. Os pacientes Prioridade II devem ser reavaliados a cada uma hora.
Os pacientes classificados como
Prioridade III (azul) são considerados casos não urgentes. Como não apresentam agudização que justifique atendimento na unidade de urgência e emergência, necessitam de redirecionamento para o atendimento ambulatorial nas Unidades Básicas de Saúde. São orientados que o tempo de espera pode exceder os 90 minutos e chegar a até quatro horas. “É uma organização justa, necessária e transparente, que prioriza aqueles que correm mais riscos”, disse o Prefeito Fattori.
Competências
De forma resumida, é de competência da UPA as urgências e emergências traumáticas e não traumáticas; realização de exames laboratoriais, eletrocardiográficos e radiológicos para diagnosticar situações de urgência e emergência; apoio ao atendimento de unidades móveis do Corpo de Bombeiros como referência para pacientes com emergências, que possam ser resolvidas na UPA, ou apoio médico a Unidades Básicas ou intermediárias; realização do transporte de enfermos que lá tenham recebido seu primeiro atendimento; e estabilizar pacientes com emergências, removendo-os imediatamente após regulação para o hospital de referência.
Mas muita atenção. O atendimento nas seguintes situações não é competência da UPA: consultas médicas de seguimento ou ambulatoriais; abrigo de indigentes e pessoas que não apresentem alguma urgência médica; realização de exames eletivos (agendados previamente); troca de curativos; revisão de suturas e retirada de pontos; realização eletiva (agendada) de exames laboratoriais ou de imagem; internação de pacientes; realização de procedimentos cirúrgicos; distribuição de medicamentos de uso crônico; e realização de procedimentos eletivos (agendados) médicos ou odontológicos. (Fonte: ACPMI)
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