A campanha confirmou a presença do candidato no avião. O avião modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, vinha do Rio de Janeiro e tinha sete pessoas a bordo. O Corpo de Bombeiros confirmou que não há sobreviventes.
Além de Campos, morreram os pilotos Geraldo Cunha e Marcos Martins, o assessor de imprensa Carlos Augusto Leal Filho, o fotógrafo Alexandre Gomes e Silva e ainda Pedro Valadares Neto e Marcelo Lira. Chovia e ventava no momento do acidente.
O aparelho caiu entre as ruas Alexandre Herculano e Vahia de Abreu, no bairro do Boqueirão, na zona leste de Santos. Segundo o deputado Márcio França (PSB-SP), que receberia Campos no litoral de São Paulo, três pessoas da região atingida pela aeronave foram encaminhadas a hospitais.
Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Campos, ex-governador de Pernambuco, tinha compromissos de campanha no litoral paulista nesta quarta. O avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e pousaria na Base Aérea de Santos, no Guarujá (86 km de São Paulo). No Rio, Campos concedeu entrevistas à TV Globo e à GloboNews na noite de ontem.
A candidata a vice, Marina Silva, não estava na aeronave. A ex-ministra do Meio Ambiente embarcaria com Campos no Rio, mas acabou viajando para São Paulo com assessores em um avião de carreira.
Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o avião pertence à AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda. e está com a documentação em dia.
"Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave. A Aeronáutica já iniciou as investigações para apurar os fatores que possam ter contribuído para o acidente", diz a nota, assinada pelo brigadeiro do ar Pedro Luís Farcic, chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.
Eduardo Campos
Eduardo Henrique Accioly Campos era casado e tinha cinco filhos. Ele teve uma carreira de sucesso na política pernambucana, chegou a ser ministro e tentava a Presidência da República. Formou-se em economia pela Universidade Federal de Pernambuco em 1985.
Neto do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, ainda na universidade ele começou a militância política, como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia.
Em 1986, participou ativamente da campanha que elegeu para o Governo de Pernambuco o seu avô.
Ele entrou no PSB em 1990 --onde permaneceu até sua morte-- quando foi eleito deputado estadual. Quatro anos depois, chegou ao Congresso Nacional, mas não chegou a assumir, ficando no Estado nos cargos de Secretário da Fazenda entre 1995 e 1998.
Ainda em 1998, voltou a vencer a disputa para Câmara, sendo o mais votado do Estado (173 mil votos). Em 2002, fez campanha para o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva. No Congresso, Eduardo Campos destacou-se como articulador do Governo Lula. No ano seguinte, tomou posse como ministro de Ciência e Tecnologia..
Em 2005, Eduardo Campos assumiu a presidência nacional do PSB, onde permanecia até o acidente desta quarta-feira (13). Em 2006, numa disputa acirrada, venceu a eleição para o Governo de Pernambuco. Em 2010, disputou a reeleição e obteve a vitória no primeiro turno com mais de 82% dos votos válidos. (Fonte: UOL)
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