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Johann Sebastian Bach (Eisenach 1685 – Leipzig 1750)
As Variações Goldberg, BWV 988, formam um conjunto de variações para cravo compostas por Johann Sebastian Bach. Publicadas inicialmente em 1741 como o quarto volume da série Clavier-Übung ("Prática do Teclado") de Bach, a obra é considerada um dos mais importantes exemplos da forma variação.
Depois da exposição da ária no começo da peça, surgem trinta variações seguidas pela repetição da ária ou “aria da capo”. As variações, não acompanham a melodia da ária, antes, seguem as linhas do baixo e desenvolvimento do acorde. Por essa razão, freqüentemente se diz que a obra é uma chacona — a diferença sendo que, na chacona, o tema tem apenas quatro compassos enquanto que a ária de Bach é composta por duas seções de 16 compassos, com repetição. As Variações foram escritas em 1741 para o Conde Hermann Karl von Keyserling que as ouvia tocadas por seu talentoso cravista de apenas 14 anos Johann Gottlieb Goldberg, a quem foram, enfim, dedicadas.
As Variações eram tidas no passado como um exercício técnico árido e aborrecido. Hoje, o conteúdo e a abrangência emocional da obra foram reconhecidos e se tornou a peça favorita de muitos ouvintes de música erudita. Elas são bastante executadas, gravadas e têm sido objeto de artigos, livros e estudos analíticos.
A história da criação das variações foi tirada da biografia de Bach escrita por Johann Nikolaus Forkel:
"(Quanto a essas variações), devemos agradecer à provocação do ex-embaixador russo na corte eleitoral da Saxônia, o conde Hermann Karl von Keyserling, que amiúde passava por Leipzig e que trouxe consigo o já mencionado Goldberg para receber orientações musicais de Bach. O conde adoecia com frequência e ficava noites sem dormir. Em tais ocasiões, Goldberg, que vivia em sua casa, tinha que passar a noite na ante-câmara para tocar para ele durante sua insônia. … Certa vez, o conde mencionou, na presença de Bach, que gostaria de ter algumas obras para teclado para Goldberg executar, que deveriam ser de caráter suave mas vigoroso de modo que ele pudesse sentir-se um pouco consolado em suas noites sem dormir. Bach imaginou que a melhor maneira de atender a esse desejo seria por meio de variações, cuja escrita ele considerava, até àquela data, uma tarefa ingrata devido ao fundamento harmônico repetidamente semelhante. Mas, uma vez que todos os seus trabalhos eram padrões de arte, tais se tornaram, em suas mãos, estas variações. Mesmo assim, ele produziu um único trabalho desta espécie. Daí em diante, o conde sempre as chamava de "as suas" variações. Ele nunca se cansou delas e, por um longo período, noites sem dormir significavam: 'Caro Goldberg toque para mim uma de minhas variações'. Provavelmente Bach nunca foi tão bem recompensado por seu trabalho quanto foi neste. O conde o presenteou com um cálice de ouro com 100 luíses de ouro. Não obstante, mesmo que o presente tivesse sido mil vezes maior, seu valor artístico nunca teria sido pago."
Na cultura popular
As variações Goldberg ocasionalmente aparecem em trabalhos da cultura popular, como se vê a seguir:
• No contexto de uma cena particularmente aterrorizante de O Silêncio dos Inocentes, o Dr. Hannibal Lecter ouve apaixonadamente uma gravação de Glenn Gould da ária com que começam e terminam as variações.
• A mesma música é tocada nos créditos de abertura da seqüência do filme, Hannibal.
• A ária foi tocada no filme O Paciente Inglês (1996).
• A estrutura do filme "Trinta e Duas Curtas Metragens Sobre Glenn Gould" (1993) se baseou nas Variações.
• O coreógrafo Mark Haim criou um conjunto de danças-solo usando a música como fundo musical. O trabalho estreou no Festival Americano de Dança, em 1997 e continuou sendo apresentada pelo próprio Haim até tão recentemente quanto 2006.
Sobre Johann Sebastian BACH: nasceu em 1685 e morreu em 1750.
Era empreendedor e dinâmico. É chamado o Pai da Música. Dedicou sua obra monumental à glória de Deus e sua vida a serviço do Senhor Jesus. “De Bach para Jesus”, assim iniciava cada folha de música e no final “Que Ele seja louvado”. Compôs tanto, que os editores não deram conta.
"Bach (riacho, em alemão) deveria se chamar Ozean (oceano) e não Bach!". A frase é de ninguém menos que Ludwig Van Beethoven e, se um músico da grandeza de Beethoven assim se pronuncia sobre ele, bem se pode imaginar a dimensão que se pode atribuir ao compositor barroco Johann Sebastian Bach.
Na verdade, desde Veit Bach, que no século XVI tocava cítara, até 1685, são contados 27 músicos na família Bach. O mais célebre, porém, merecidamente, foi Johann Sebastian Bach, que nasceu em Eisenach, uma pequena cidade da Turíngia, na Alemanha central. Seu pai, Johann Ambrosius Bach, músico na cidade e ensinou Bach a tocar violino e viola, além de criá-lo na fé protestante de Lutero.
Seus pais morreram antes que completasse 10 anos e sua formação musical ficou a cargo de seu irmão, Christoph, organista em Ohrdruf, cidade próxima, onde foi morar. Aos 15 anos, Johann Sebastian entrou na escola de São Miguel de Lünenburg, onde cantaria no coro da igreja e teria ensino formal de música.
Em suas viagens aos centros culturais próximos, familiarizou-se com a obra de Jean-Baptiste Lully e François Couperin. Em Hamburgo, conheceu a grande tradição alemã de Jan Adams Reinken e Vincent Lübeck. Bach fez progressos admiráveis, e, aos 18 anos, foi contratado organista da nova igreja de Arnstadt, onde permaneceu de 1703 a 1707. Ausentando-se por 4 meses, conheceu em Lübeck o célebre Dietrich Buxtehude, de quem recebeu lições que modificariam sua maneira de interpretar o órgão.
De volta a Arnstadt, Bach não foi bem aceito no templo, o que fez com que ele aceitasse o cargo de organista na igreja de São Blásio de Mühlhausen. Foi nesses dois locais que começou a compor sua primeiras obras religiosas.
Casou-se em outubro de 1707 com sua prima Maria Bárbara, que morreria 12 anos depois. Tiveram 7 filhos, três se tornaram músicos; Wilhem Friedemann, Carl Philipp Emanuel e Johann Gottfried Bernhard. Entre 1707 e 1717, trabalhou como organista, violinista e compositor na corte de Weimar, período cheio de conflitos com o duque, já que ambos tinham personalidades difíceis. Então, Bach foi para Köthen, onde trabalhou para o príncipe calvinista Leopold d'Anhalt-Köthen. Foram 5 anos frutíferos, embora Bach não pudesse escrever música religiosa, ficando restrito à música profana. Datam dessa época os "Concertos de Brandenburgo", o "Cravo Bem-Temperado", a maior parte da música de câmara e as suítes orquestrais.
Em 1721, Bach casa-se com Anna Magdalena Wülken, cantora da corte. Com ela teve treze filhos, sendo que dois deles - Johann Cristoph Friedrich e Johann Christian - também se tornaram músicos.
Em maio de 1723, Bach obteve o cargo de "kantor" (professor e diretor musical) na Igreja de São Tomás, em Leipzig. Embora descontente com a rotina do trabalho, foi ali que compôs a maior parte de suas cantatas, a "Missa em Si Menor" e as duas paixões mais conhecidas - a de São João e a de São Matheus.
De suas composições, duas das mais popularmente conhecidas são a "Tocata e Fuga em Ré Menor" e "Jesus, Alegria dos Homens". "Oferenda musical", "Oratório de Natal", e a inacabada "A Arte da Fuga" são outras grandiosas criações de Bach, que durante muito tempo teve sua obra considerada como mística e hermética. Apesar da genialidade, Bach não foi compreendido nem devidamente no seu tempo. Após a sua morte, suas músicas praticamente caíram no esquecimento. Sua obra ficou nas sombras quase cem anos, até 1829, quando Felix Mendelssohn regeu a Paixão Segundo São Mateus em Berlim, o que garantiu o resgate da obra do compositor e a sua consagração definitiva.
Johann Sebastian Bach começou a se retirar da vida ativa a partir de 1747. Dois anos depois, operado de catarata por um charlatão inglês, ficou praticamente cego. No dia da sua morte, havia no canto do seu quarto pilhas e pilhas de musicas que saíram do seu coração; disse à sua esposa para vender aquele material como pudesse, para se sustentar. Ela perguntou: “E com aquela, o que eu faço?” Bach respondeu: “Pertence a Jesus”. Era a Oratória “Paixão de Cristo Segundo São Mateus”. A alegria de Bach é contagiosa, faz vibrar nossos corações com a mensagem do amor divino.
“Quando uma obra prima é criada, faz-se uma distribuição de Deus” – Victor Hugo
(Fonte: Enviado por Dra. Tania Quintella/Campinas)
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